Medici Assessoria
06 de outubro - Dia Mundial da Paralisia Cerebral
A Paralisia Cerebral (PC), é uma deficiência que pode ter o seu desenvolvimento durante a gestação, no nascimento ou no período neonatal e que causam limitações nas atividades do cotidiano, sendo caracterizada por alterações neurológicas e permanentes. Mesmo sendo complexa e irreversível, crianças com PC podem ter uma vida rica e produtiva, desde que recebam o tratamento clínico e/ou cirúrgico quando necessário adequado as suas necessidades.
A data foi criada em 2012 com o objetivo de discutir e promover os direitos das pessoas com deficiência, que, de acordo o movimento internacional World Cerebral Palsy Day (WCPD) 17 milhões de pessoas no mundo têm PC. Segundo ainda dados do Ministério da Saúde, duas a cada 1.000 crianças nascidas sofrem de paralisia cerebral no Brasil.
Os sintomas da paralisia cerebral podem variar de acordo com o grau de lesão pela falta de oxigênio no tecido cerebral no momento anterior, durante ou logo após o parto, sendo caracterizado quatro principais tipos de paralisia cerebral:
- Espástica
- Atetoide
- Atáxica
- Mista
Segundo o Ministério da Saúde o diagnóstico pode ser feito a partir da observação da presença de padrões atípicos de movimento e de postura, sendo fundamental o acompanhamento do pediatra para o diagnóstico e para que a criança possa se desenvolver.
A vida com Paralisia Cerebral – depoimento do Atleta e analista de TI Rodrigo Maduro
Rodrigo durante prova de km no Campeonato Pan-americano de pista 2022, Maringa, PR.
A minha infância na década de 1980 foi como a da maior parte de garotos da região do Capão Redondo (bairro da região sudoeste da cidade de SP), com muitas brincadeiras principalmente na rua e pela deficiência existiam brincadeiras e apelidos por causa disso pelas outras crianças e amigos, mas que não me influenciou negativamente.
O esporte entrou na minha vida com grande importância a partir dos 13 anos de idade, quando descobri de fato a PC, sempre me questionava porque em jogos de futebol e basquete eu tinha muita dificuldade por não conseguir controlar a bola e meu tempo de reação era muito ruim.
Depois que descobri da PC não só no esporte mas no estudo e em outras áreas comecei a buscar “o meu jeito” de como me adapto e o ciclismo entrou na minha vida ai, porque todo o esporte que era coletivo eu tinha muita dificuldade e precisava de alguém para praticar, já no ciclismo não. Com 6 anos, ainda sem saber, tive um acidente e quebrei o braço, na época meu pai não deixou mais eu andar com medo, mas depois quando pude comprar a minha bike, foi uma grande diferença para mim porque eu conseguia praticar, ia aonde queria e sempre tinha a motivação de ir mais longe, melhorar o seu tempo, melhorar a quilometragem que eu aguentava. A minha primeira bike foi uma barra circular, me diverti muito.
Com 17 para 18 anos comprei uma MTB de um amigo que facilitou para que eu pudesse ter a bike, o que me fez ter mais contatos com estrada de terra. Mas foi em 2014 que de fato consegui aproveitar melhor a MTB.
Com o nascimento da minha filha, me afastei um pouco da bicicleta para evitar acidentes e poder estar mais com a minha filha, praticava em passeios aos finais de semana no parque Cemucan (Cotia), lá encontrei um circuito diferente do que estava acostumado, com single tracks e subidas que me encantou e que me levou a buscar mais o MTB que me trouxe sempre mais paz em ambientes naturais fora do transito da cidade.
Com o tempo fui conhecendo as provas em que disputei provas como a Brasil Ride na Bahia (2015), o BR Warmup 2016/2018/2019/2021 3 dias e uma vez na sport 2017, no MTB ainda CBL, FBR e a Copa Mazza de MTB. E fui conhecendo e participando de provas de ciclismo que me aproximou da Sonia e do Clube de Ciclismo de SJC (CCSJC).
A minha relação com a Sonia, foi sempre muito bacana, ela sempre me acolheu como acolhe a todos, assim como a minha relação com todos no clube. Ela faz o máximo para ajudar a todos, é muito difícil ela não ajudar ela sempre busca uma forma. Não há cobranças excessivas por resultados, a cobrança ai está mais em mim mesmo em melhorar sempre. O que existe no clube é uma busca de ajudar a todos e é isso que sempre admirei muito na Sonia.
Para quem tem PC ou qualquer outra deficiência o que falo é para que acredite em você acima de tudo, independente do que as pessoas falem ou pensem, acredite em você mesmo, que você é capaz que você pode. Se você não acreditar em você mesmo para você superar qualquer barreira fica muito mais difícil.
O Rodrigo Maduro, paraciclista do Clube de Ciclismo de São José dos Campos em sua trajetória esportiva:
Lider no ranking brasileiro de paraciclismo C4 2021
2x vice campeão da copa Brasil de Paraciclismo
7x campeão Paulista de paraciclismo
4x pódios no Grancup
2x 3ºLugar na Brasil Ride Warmup, categoria pro 3 dias, ranking paratleta
Estes são alguns dos diversos títulos no ciclismo / MTB
O CCSJC conta com o apoio:
Araújo Simão Construtora
Cereser
Sobramex
Up esporte
Valgroup
Rede Vale Construir Bandeirantes
Daxxia
ERT Uniformes
Medici Assessoria Esportiva
Fábio Medici Lorenzeti,
Diretor e treinador na Medici Assessoria Esportiva.
Diretor técnico da Liga de Desportos de Rendimento e de base da capital, vale do paraíba e litoral norte (LIDER)
Mestre em Ciências (EEFE-USP, Lab. de nutrição e metabolismo aplicado a atividade motora)
Autor dos livros: Nutrição e Suplementação Esportiva: aspectos metabólicos, fitoterápicos e da nutrigenômica (2015, Phorte); Exercício, Emagrecimento e Intensidade de Treinamento: aspectos fisiológicos e metodológicos (2013/2ª ed., Phorte); Biologia e Bioquímica: Bases aplicadas às ciências da saúde (2011, Phorte). Além de outros trabalhos científicos nacionais e internacionais.
